Bem parceria com o Programa Ceará Sem Fome, do Governo do Estado, a equipe da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) deu início aos trabalhos do projeto “Ceará com Direitos” com 250 atendimentos no bairro Granja Lisboa, em Fortaleza. A ação foi realizada nos dias 26 e 27 de maio e foi voltada para os beneficiários do Programa. A iniciativa também contou com serviços da Defensoria Pública da União (DPU), Etufor (PMF) e Caminhão do Cidadão da Secretaria da Proteção Social (SPS).
O primeiro atendimento foi de Lúcia Paes, que estava comemorando 63 anos no dia. Moradora do Bom Jardim, ela procurou a carreta da Defensoria, estacionada na esquina das ruas Descartes Braga e Rua B do Conjunto Palmares, para corrigir o nome da sua mãe no registro e evitar possíveis problemas na aposentadoria futura. “Vou deixar tudo certo para quando chegar a hora de me aposentar não ter mais erro”, projeta.
A orientação para a correção do documento foi dada por Fátima Oliveira, presidente da Associação das Pessoas com Deficiência Bom Viver Brilhos Flores, que atua há mais de 30 anos na comunidade. Conhecida como Fatinha da Associação, foi ela que procurou a Defensoria para solicitar atendimentos na cozinha comunitária onde trabalha. “Eu via a dificuldade das pessoas e queria muito trazer esses atendimentos para cá. Essa foi uma grande conquista para a comunidade”, celebra.
Maria Luz, de 76 anos, também estava feliz com a nova identidade. “Eu tive que ir até Morrinhos para tirar um novo registro, depois, paguei um carro particular para mandar buscar e hoje consegui tirar a identidade. Agora, só esperar para receber, daqui a um mês”, planeja.
A partir do pedido de Fatinha da Associação, a Defensoria lançou o projeto Ceará com Direitos. “O sucesso dessa ação é porque ela atende a uma demanda da própria comunidade. Queremos estar cada vez mais próximos das pessoas, oferecendo atendimentos em diferentes bairros e fortalecendo parcerias em todo o Ceará”, afirma Camila Vieira, defensora pública e assessora de projetos da DPCE.
Quando viu a estrutura de atendimento montada ao lado da Escola Municipal Patativa do Assaré, Francisco Jecivaldo aproveitou para solicitar a segunda via da certidão de casamento, perdida há mais de 10 anos, em uma das muitas mudanças da família. “Até o ano passado, a gente morava de aluguel e vivia se mudando. Aí perdia as coisas, molhava os documentos. Agora, vai ficar bem guardada”, afirma.
Ao lado de Jecivaldo, também à espera de atendimento da Defensoria, Maria Ineide queria ajuda para encerrar o casamento de 25 anos. “Estou separada há seis meses e vim dar entrada no divórcio para resolver a partilha da casa. Depois, quero seguir em frente com minha vida”, deseja.