No Programa Ceará Sem Fome, mulheres lideram cozinhas solidárias que vão além da distribuição de comida: promovem autonomia, esperança e protagonismo feminino
Silvânia Maria se dedica ao trabalho voluntário há 15 anos. Membro do Movimento das Orquídeas, ela iniciou na área social ajudando mulheres no enfrentamento à violência doméstica e na conquista de autonomia financeira. Além disso, desde 2023, coordena a Casa das Orquídeas, uma das cozinhas solidárias do programa governamental Ceará Sem Fome, na comunidade Parque Santana, no Mondubim. Aos 58 anos e mãe de sete filhos, Silvânia é uma entre tantas outras lideranças femininas que não medem esforços para buscar o bem de suas comunidades.
Além de projetos voltados para empreendedorismo, plantio do próprio alimento e passeios culturais, a Casa distribui, de segunda a sexta-feira, 100 quentinhas diárias. Entre os beneficiários, o público feminino é maioria: são 97 mulheres e três homens. Para Silvânia, é comum que a responsabilidade do cuidado do lar caia sobre os ombros das mulheres. Nesse cenário, as lideranças femininas não só cuidam, mas inspiram. “Temos muitas mães solteiras, avós provedoras do lar, mulheres desempregadas. O trabalho social traz a esperança da transformação. Essa mulher se empodera e contagia outras mulheres. 0 importante é fazer com que elas se sintam capazes de lutar. Ter essa liderança feminina é fazer florescer em outras mulheres outras lideranças” destaca Silvânia.
Na cozinha solidária Instituto Ana Maria Ferreira (lamf), Anagélia Ferreira, 55, é outro exemplo de liderança. Envolvida no trabalho social desde pequena, aprendeu o ofício com a mãe, que, por sua vez, também herdou a vocação da genitora. Desde 2016, a empreendedora social atua distribuindo refeições na comunidade Arvoredo, no Mondubim, e, em 2024, integrou o programa Ceará Sem Fome.
Além das 100 marmitas diárias, o Instituto promove cursos profissionalizantes, alfabetização para adultos e empreendedorismo.
Com a maioria dos beneficiários da cozinha também sendo de mulheres, Anagélia reitera que certas responsabilidades parecem impostas ao público feminino. “Ao mesmo tempo que o percentual de mulheres é maior entre os beneficiários, é também maior entre as lideranças sociais. É atribuída à mulher a coragem de correr atrás nos dois sentidos, tanto na luta para adquirir o pão de cada dia, quanto para fazer um trabalho social. Minha avó, com o pouco recurso que tinha, dava conta de 10 filhos, e eu acredito que seja essa a referência que maioria das mulheres tem”, reflete.
Assim, ela acredita que o combate à fome passa não só pela distribuição do alimento, mas pelo acesso a oportunidades e pela desconstrução de estruturas sociais que limitam o poder feminino.
O POVO Cidadania: Ceará Sem Fome
Com uma abordagem humanizada, criativa e baseada em dados, o projeto O POVO Cidadania se propõe a contar histórias reais, explicar ações concretas e inspirar uma cultura de empatia, cooperação e transformação social do Ceará.
O objetivo é dar visibilidade às ações de combate à fome, fortalecer a conscientização social e mobilizar a sociedade em torno de práticas de solidariedade, segurança alimentar e promoção da cidadania. Para ter acesso ao conteúdo, visite: especial.opovo.com.br/cearasemfome
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