Por Vanessa Darj/Ascom Ceará Sem Fome
O Ceará Sem Fome realizou, nesta quarta-feira (14), a primeira reunião de acolhimento das novas Unidades Gerenciadoras (UGs) do programa. O encontro marcou o início da atuação de 40 organizações da sociedade civil, que passarão a gerenciar 1.500 Unidades Sociais Produtoras de Refeições (USPRs), popularmente conhecidas como cozinhas, distribuídas em 40 lotes em todo o território cearense.
Com essa ampliação, o programa, que já distribui 125 mil refeições por dia, terá capacidade para servir até 150 mil refeições diariamente, fortalecendo a política estadual de combate à fome.
“Hoje nós temos um marco na história do Programa Ceará Sem Fome, onde a gente amplia a relação com as entidades gerenciadoras de cozinhas em todo o estado do Ceará. Esse é o segundo edital de gerenciamento dessas cozinhas, onde a gente tem 40 novas unidades gestoras dessas Unidades Sociais Produtoras de Refeições, que vão estar sendo no total de 1.500”, destacou a primeira-dama do Ceará e presidente do Comitê do Programa Ceará Sem Fome, Lia de Freitas.

As 40 entidades foram selecionadas por meio de edital público e serão responsáveis por organizar e supervisionar a produção e entrega de refeições diárias para pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Das 24 entidades que já integravam o Programa, 22 permaneceram e 18 novas se juntaram ao time. O edital publicado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário tem vigência de 12 meses.
O secretário executivo de Planejamento e Gestão da SDA, Taumaturgo Júnior, ressaltou o compromisso do Governo com o fortalecimento da iniciativa. “A ampliação de 1.300 para 1.500 cozinhas é uma forma de descentralizar os serviços e levar eficiência a quem mais precisa”, afirma.
Representando a UG Associação Cristã de Base (ACB), que atenderá 5.400 famílias nos municípios de Juazeiro do Norte, Caririaçu, Granjeiro e Várzea Alegre, Eliana de Lima ressaltou a importância da alimentação diária para famílias em situação de extrema vulnerabilidade. “Muita gente ainda está nessa linha abaixo da pobreza, que passa fome. Uma alimentação que seja, por dia… eu conheço famílias, por exemplo, que pegam quentinhas e as dividem até para o jantar”, relata.

Requisitos
Para atuarem como Unidades Gerenciadoras, as organizações da sociedade civil precisaram comprovar capacidade técnica e gerencial, estrutura compatível com a execução das ações, CNPJ ativo no período de inscrição, e no mínimo dois anos de atuação comprovada. Os critérios completos estão descritos no edital publicado pela Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).
Ceará Sem Fome
O Ceará Sem Fome é um programa permanente do Governo do Estado do Ceará, voltado ao enfrentamento da insegurança alimentar e nutricional da população em situação de vulnerabilidade. Instituído por lei, o programa consolida-se como uma política pública de caráter contínuo, voltada à promoção do direito humano à alimentação adequada.
A iniciativa articula esforços entre instituições públicas, organizações da sociedade civil, empresas privadas e voluntários, formando uma ampla rede de cooperação com foco no combate à fome.
Por meio do Ceará Sem Fome, o Estado cria, desenvolve e executa ações estruturantes para garantir o acesso regular e permanente a alimentos saudáveis, especialmente para as famílias em extrema pobreza. Além da distribuição de refeições e benefícios, o programa também integra políticas de inclusão social, fortalecimento da agricultura familiar e educação alimentar e nutricional.